Fico refletindo e chego à conclusão que dificilmente há pessoas que se doam uma às outras.Que se permitam a conhecer e a reconhecer nas pessoas qualidades, de olhar para elas com os olhos da alma e não do pré-conceito já formado por determinado indivíduo.
Se alguém diz: - Aquela menina é certinha demais, ou, -Ah que menino retardado, inconscientemente já vamos com essa pré concepção e com uma MEGA propensão a julgá-los.
Poucas pessoas se permitem gostar da outra pelo simples brilho no olhar, pelo tato, ou pelo jeitinho "fofo" que ela ou ele te chama ou te trata, e se, você se permite e conhece alguém que também se permitiu a ser reconhecido por você como um ser maravilhoso, vem um espírito de porco e critica essa relação.
Hoje parei para refletir sobre meus amigos, poucos, mas especiais, escolhidos a dedo, com os quais posso sempre contar, e que nossas amizades nasceram porque nos permitimos.Foram escolhidos pelo brilho questionador e cor inquietante do olhar, pelo jeito, por fazerem de mim um pouco louca, um pouco santa, metade bobeira e metade seriedade.Ao meu melhor amigo que tanto me fez falta hoje, e que a saudade tanto apertou, que entendia minha complexidade e a simplicidade de meu olhar.e principalmente:minha prolixidade.
Hoje to interior, reflexiva, com taxas oscilativas de hormônio...nasci mulher!
Hoje quero colo, uma boa conversa, a rosa roubada na casa do vizinho, não quero risos previsíveis, quero metade criança e doce, muito doce! ;)
Emilinha.
